A contagem regressiva para o Carnaval está chegando ao término. Para sustentar a maratona de diversão — com saúde e sem traumas — é necessário tomar conta muito bem da saúde do corpo. Pular carnaval, em blocos ou desfilando nas escolas de samba, exige energia e preparo. É possível amparar várias estratégias pra aguentar os dias de agito. No programa Veja Saúde, a repórter Natalia Cuminale exibe 5 informações para garantir um carnaval saudável. No filme, as orientações irão desde o o tipo de roupa até os cuidados essenciais com a alimentação.
“Não temos dados deste tipo no Brasil”, diz o psiquiatra Paulo Sérgio Calvo, um dos encarregados de examinar os presos da Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo. “Se eu tivesse que fazer uma estimativa, acredito que essa proporção, no Brasil, não chegaria a um quarto dos presos”, confessa. Para ele, mesmo que a proporção de psicopatas nos presídios brasileiros seja pequeno, são eles que encabeçam as rebeliões e convencem os outros presos a participarem dos motins.
“Ainda que o número deles não seja tão expressivo, o estrago que eles provocam é grande. Se conseguíssemos diagnosticar todos estes casos e separá-los dos outros presos, diversas dessas rebeliões deixariam de suceder.” Mas, no final das contas, qual a origem desse transtorno? O chamado psicopata nasce assim sendo ou é fruto do recinto em que vive? A resposta para essa pergunta vem gerando controvérsias desde o século XVIII, no momento em que o médico austríaco Franz Gall defendia a tese de que ninguém se torna criminoso, prontamente se nasce criminoso. Gall foi um dos mais sérias representantes da frenologia, a hipótese de que era possível discernir um assassino gelado por meio de umas saliências no crânio.
A idéia é que havia no cérebro uma área específica para a dureza. Se essa área fosse grande, era melhor apressar o exame do paciente e sair logo da sala. Até hoje, os pesquisadores se dividem. De um lado estão os que procuram localizar no cérebro a origem da sociopatia.
Do outro lado estão os que acreditam que a indiferença dos psicopatas é fruto de um trauma, como hostilidade ou abuso sexual na infância. Enfim, um problema de software e não de hardware. Mas todos parecem concordar num ponto: não precisa existir só um fator pra que uma pessoa se torne um assassino frio. Problemas neurológicos, doenças mentais, abuso sexual e hostilidade infantil, todas essas causas são plausíveis pra explicar o que torna algumas pessoas mais vulneráveis a cometer estes crimes.
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“É preciso discernir que existe uma série de outros problemas psíquicos que conseguem conduzir alguém à violência que não se enquadram nem ao menos pela doença mental nem pela sociopatia”, diz o psiquiatra José Cássio do Nascimento Pitta. Ele foi o psiquiatra do estudante de medicina Mateus da Costa Meira, preso depois de disparar, em 1999, cerca de 40 tiros de metralhadora na platéia de um cinema num shopping em São Paulo, matando 3 pessoas e ferindo algumas 5. Mateus não foi considerado nem um sociopata nem um doente mental. Qual o pretexto dos disparos?
Pitta se recusa a expor do teu paciente por “questões éticas”, entretanto declara que há uma série de outros fatores ligados ao desenvolvimento da personalidade que, aliados ao uso de drogas, são capazes de ajudar de estopim pra um ato violento. No exame que a polícia fez pra saber se o estudante estava ante o efeito de tóxicos no dia da chacina, foram localizados vestígios de cocaína. Há o que fazer para prever este tipo de agressividade?
Os especialistas dizem que os esforços devem se concentrar no confronto à agressão e ao abuso infantis, que são mais recorrentes em lugares onde predomina a pobreza. “É preciso coibir com rigor a crueldade contra meninas, já que quem é vítima dela tende a deixar de ser a vítima e se transformar no violentador no futuro”, admite o psicoterapeuta paulista Roberto Ziemer. Outro ponto polêmico que divide os especialistas é o papel da pobreza na criação de assassinos frios. “Ela podes até não explicar todos os casos, mas é claro que existe uma relação, mesmo que indireta”, reconhece o psiquiatra do Imesc Marco Antônio Beltrão.
Além do consumo, o psicólogo diz que a agressão tem outro atrativo pra adolescentes excluídos: a emoção de poder. “Com uma arma na mão, uma pessoa se sente uma espécie de Deus, com o poder sobre a vida e a morte de outro ser humano”, diz o psicólogo. Base Instincts – What Makes Killers Kill, de Jonathan H. Pincus, W.W.